Quanto vale uma vida?
Fátima
Soriano
Em meio a uma pandemia que atravessa o planeta,
matando milhares de pessoas e da qual faço parte da lista dos que venceram a
COVID -19, um gesto cruel e desumano de um policial americano, que sem piedade,
se ajoelha no pescoço de George Floyd, alheio as suas súplicas repetidas vezes,
“por favor, não consigo respirar”, levando-o a óbito, causando revolta,
indignação e protesto no mundo inteiro.
Suas últimas palavras ecoam atravessando
fronteiras levando a população de vários países às ruas em protesto repetindo
em um só grito de guerra as últimas súplicas daquele homem que já rendido e
indefeso, clamava pela vida. Quanto vale uma vida?
É inadmissível que em pleno século XXI, ainda
haja preconceito racial. O respeito ao próximo, a empatia, a solidariedade e o
amor parecem inexistentes no mundo atual. Quantos George Floyd, João Pedro,
Miguel Otávio precisam morrer injustamente pela cor da pele? A alma não tem
cor.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos,
estabelecida em 10 de dezembro de 1948, pela Organização das Nações Unidas
(ONU), com a finalidade de promover a paz e a democracia, bem como o
fortalecimento dos Direitos Humanos no seu artigo VII “Todos são iguais perante
a lei e têm direito sem qualquer distinção, à igual proteção da lei”, precisa
sair do papel e ser vivenciada no cotidiano.
Portanto, é preciso urgentemente, ações
governamentais, juntamente com a Escola e a Família, fazendo um trabalho em
conjunto de conscientização, desde a infância e a adolescência, sobre valores
humanos, para que possam abolir o preconceito e que o respeito, a empatia e o
amor ao próximo prevaleçam na construção de um mundo melhor, e de seres humanos
mais digno onde valorizem mais o ser do que o ter, formando assim, cidadãos de
bem e consequentemente, dando fim a esse tipo de violência.