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quarta-feira, 10 de junho de 2020


Quanto vale uma vida?
Fátima Soriano


                    
Em meio a uma pandemia que atravessa o planeta, matando milhares de pessoas e da qual faço parte da lista dos que venceram a COVID -19, um gesto cruel e desumano de um policial americano, que sem piedade, se ajoelha no pescoço de George Floyd, alheio as suas súplicas repetidas vezes, “por favor, não consigo respirar”, levando-o a óbito, causando revolta, indignação e protesto no mundo inteiro.

Suas últimas palavras ecoam atravessando fronteiras levando a população de vários países às ruas em protesto repetindo em um só grito de guerra as últimas súplicas daquele homem que já rendido e indefeso, clamava pela vida. Quanto vale uma vida?

É inadmissível que em pleno século XXI, ainda haja preconceito racial. O respeito ao próximo, a empatia, a solidariedade e o amor parecem inexistentes no mundo atual. Quantos George Floyd, João Pedro, Miguel Otávio precisam morrer injustamente pela cor da pele? A alma não tem cor.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, estabelecida em 10 de dezembro de 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com a finalidade de promover a paz e a democracia, bem como o fortalecimento dos Direitos Humanos no seu artigo VII “Todos são iguais perante a lei e têm direito sem qualquer distinção, à igual proteção da lei”, precisa sair do papel e ser vivenciada no cotidiano.

Portanto, é preciso urgentemente, ações governamentais, juntamente com a Escola e a Família, fazendo um trabalho em conjunto de conscientização, desde a infância e a adolescência, sobre valores humanos, para que possam abolir o preconceito e que o respeito, a empatia e o amor ao próximo prevaleçam na construção de um mundo melhor, e de seres humanos mais digno onde valorizem mais o ser do que o ter, formando assim, cidadãos de bem e consequentemente, dando fim a esse tipo de violência.

4 comentários:

  1. Professora e escritora Fátima Soriano, seus textos sempre nos levam a reflexão...nesse "Quanto vale uma vida?" não será diferente. Muito polêmica essa situação, mas devemos sempre nos lembrar,como cristãos em sua maioria, que Jesus Cristo, na nossa visão humana, sofreu de injustiça e morreu na cruz para nos salvar.Vale muito a reflexão e não um julgamento de pessoas...quem está certo ou quem está errado não cabe a mim julgar...abolir o preconceito? impossível entre seres humanos,falhos,respeito e amor ao próximo podemos ensinar e dar exemplo como pais e professores para construir um mundo melhor.
    Parabéns amiga por nos levar a essa reflexão. BJ.

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  2. Obrigada pelas sábias palavras! Continue curtindo meus textos.

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