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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

                   
                                Voltar ao Passado
                                                     Fátima Soriano

                                                                Carlos Soriano,meu herói.



Se eu pudesse voltar ao passado,
eu voltaria, paizinho,
ao dia que nasci,
para sempre ficar ao teu lado.


Reviveria todos esses anos,
faria tudo aquilo que não fiz.
Dar-te-ia mais amor, mais amparo.
Te faria mais ainda, um pai feliz.


Haveria mais oportunidade,
de te dar mais carinho e compreensão.
Reviveríamos todos os momentos alegres,
e a felicidade reinaria no meu coração.


Aproveitava todo tempo perdido,
para estar sempre ao teu lado,
cheirando aquela carequinha,
e estando sempre em teus braços.


Ah! Paizinho... Se eu pudesse voltar ao passado...
Faria tudo que não foi feito.
Diria que te amo,
Ter-te-ia mais respeito.


E, naquele momento de partida,
invés de chorar,te pediria perdão,

por tudo de mal que causei
pela minha mal criação.

terça-feira, 28 de agosto de 2012



                                      O amolador de Tesouras
                                                                                                          Fátima Soriano

   Até hoje, me sinto embevecida, quando ouço a melodia que vem da gaita do amolador de tesoura... E como passo de mágica, me transporto a minha infância, hoje, tão distante.... Aquela menininha franzina que corria para a janela, encantada com o som daquela música, já não é mais a mesma, transformou em uma mulher vivida e marcada pelo tempo.

     Aquela menina inocente, já não existe mais. A minha vida já não é mais a mesma... antes, em volta com meus pais e meus irmãos... hoje, meus pais já estão em outra dimensão, meus irmãos formaram suas famílias e eu me vejo arrodeada de filhos e netos, “meus tesouros preciosos”.

     Tudo mudou!... A nossa vida mudou! ... Mas, o encantamento da qual me envolveu aquela música é o mesmo, uma magia inexplicável que eu carrego no âmago do ser desde criança. Essa sensação de paz, de leveza, de saudade, me lava a alma.

    Fico a me questionar: como pode uma simples música causar tanto encantamento e proporcionar tanto prazer? Hoje, dificilmente aparece na rua um amolador de tesoura. Quando esse raro momento acontece, deixo meus afazeres e corro até a janela para tentar ouvir mais de perto.

     Então, mergulho nessa magia inexplicável que a música pra mim traduz: paz, leveza, felicidade, recordação da minha infância... Aparentemente, um momento tão insignificante, mas tão raro e mágico pra mim.

   Isso que é o bom da vida: Aproveitar as coisas boas que nos causam prazer, mesmo que para alguns não signifique nada. O bom é estar de bem com a vida e consigo mesmo.

                            BULLYING
                                                Fátima Soriano

    Palavra inglesa que pode significar atormentar, humilhar. Parece-me que virou moda no cotidiano dos nossos jovens. O que leva aos jovens a praticar essa ação tão constrangedora? A falta de Deus em seus lares, em seu coração? A falta de respeito ao próximo?

    Os pais estão deixando para a escola um papel que também é deles. A educação começa em casa... Onde estão o respeito... os valores... se perderam com o tempo? Muitas crianças são vítimas de agressões físicas ou verbal. Será que esses agressores são espectadores de brigas dos seus pais? Muitos pais esquecem que quando se agridem, um olhar silencioso e assustado os observam clamando por socorro.

      Pesquisas recentes comprovam que de cada dez jovens, seis já sofreram algum tipo de bullying. O que leva esses agressores a praticar um ato tão desumano? Que prazer causa humilhar, oprimir seus próprios colegas? Onde estão o respeito e o amor ao próximo?

      É necessário que os pais, juntamente com a escola, preguem a palavra de Deus no seu dia a dia. Muitos pais ausentes esquecem que “educar” não é só papel da escola, é principalmente dos pais. Com certeza, nos lares desses agressores não pregam a palavra de Deus. A maioria dos pais correm em busca de ter mais, de acumular bens materiais, e onde fica o verbo ser?

    As pessoas, nesse mundo capitalista em que vivemos, valorizam mais o ter do que o ser. Isso causa uma guerra em busca de valores materiais. Eles se esquecem que só as virtudes sobrevivem ao tempo e a morte.
 
    Portanto, precisamos refletir que tipo de criaturas estamos formando... Futuros monstros ou cidadãos de bem? Precisamos urgentemente dar um basta ao bullying, antes que seja tarde demais.










sexta-feira, 24 de agosto de 2012


                                          

                  Minhas Férias em Viçosa
                                                                 Fátima Soriano




                                                                                        
  
     Acompanhada da minha saudosa mãe, minhas férias era sempre na minha querida Viçosa, um pequeno interior de Alagoas, minha terra natal.

     Quando ainda criança, íamos de trem, anos depois passamos a ir de ônibus. Sentia-me feliz cada vez que retornava aquela cidadezinha do interior. Rever cada canto da minha pequena cidade me encantava.

      Nosso "Point" era a casa da minha saudosa tia Laurita e do meu querido tio Sinésio. Era uma casa bonita, aconchegante, de primeiro andar. Éramos bem recebidas. O bolo gostoso, fofinho, que tia Laurita fazia com carinho estava sempre à mesa. – Eita bolo bom! ... E o doce de leite? Era o meu predileto.

      Despertava ao amanhecer, ouvindo o canto do galo, o cantarolar dos pássaros e o bate-boca da tia Laurita com Maria do Carmo, sua secretária. As duas eram uma graça! Uma precisava da outra, mas não se uniam. Tia Laurita se aperriava à toa, principalmente com a alimentação do tio Sinésio que era diabético. Tinha preocupação de mãe.

      Não tinha muito o que se divertir, mas eu adorava quando íamos ao cinema; tocar piano na casa da vizinha; brincar com minhas primas na casa da tia Darci, saboreando o famoso doce de banana que ela fazia; ir a feira; ir na praça; na igreja; na casa da saudosa tia Corália saborear seus quitutes e apreciar suas roseiras. E quando minha mãe deixava eu alugar bicicleta, batia aquela Viçosa de canto a canto. E o bate-papo na porta de casa, muitas vezes também com tia Marieta? Que saudade!...

      Chegava o dia do retorno... As férias passavam rápido... Tia Laurita nos levava até a praça para pegar o primeiro ônibus de volta a nossa Maceió. O dia ainda estava amanhecendo. E ali estava eu e minha mãe querida, de volta a nossa terra, levando comigo boas lembranças.

      Nunca pensei que momentos assim, aparentemente tão simples, pudessem ser tão significativos em minha vida. E é isso que devemos fazer: Recordar do passado, só momentos felizes e nunca deixar que os momentos tristes nos abale. A felicidade é construída de momentos bons que merecem ser lembrados.




            Não Posso

                                                                                             Fátima Soriano
 

 




         Amá-lo,

         não devo,

         não posso.



         Querer-te,

         não devo,

         não posso.



        Esquecer-te,

        é preciso, mas,

        é inútil tentar,

         não posso.



        Então, mata-me!

        de amor...

        de saudade...

        de dor...

        de solidão...



        Ou arranca-me

        do peito,

        esse infeliz coração!



 
                                                                                                      


domingo, 12 de agosto de 2012

Pai Herói 
                     Fátima Soriano
         


Começou a lutar na vida,
desde que era rapaz,
batalhando dia a dia,
de tudo, ele foi capaz.

Criou sua irmã Carmelita,
ajudando na educação.
Foi mesmo um grande herói,
digo de coração!


Companheiros, amigos e irmãos,
eram também, Juca e Afrinha.
Para com todos eles,
 muito amor ele tinha.


Casou-se em Capela,
com Elsa, minha tia.
Foi mesmo um lutador,
de tudo ele fazia.


Ficou logo viúvo,
com quatro filhos pra criar,
Pediu a sua sogra,
pra com Elza se casar.


Formou-se, então, outra família,
com mais de dez filhos pra educar.
Trabalhava dia a dia,
para que pudesse todos sustentar.


Hoje, somos quatorze irmãos,
encaminhados à luta da vida.
Devemos a esse Pai Herói,
e a nossa Mãe Querida.
 


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O ESPETÁCULO DA NATUREZA
                                                                Fátima Soriano


     Olhando o firmamento me deparo com tanta beleza e muitas vezes o corre - corre do dia a dia faz com que deixemos passar desapercebida.

      Uma brisa suave que nos bate a face, borboletas coloridas que pairam no ar, os pássaros a cantarolar, as folhas a bailar com o vento, as nuvens que passam no firmamento, isso tudo em uma grande sintonia...

      É a natureza dando o seu show  e muitas vezes sem plateia porque o homem está preocupado em buscar o seu sustento e não percebe tamanha grandeza. Como Deus é bom!...

     Às vezes perdemos o espetáculo da vida porque estamos obcecados pelo materialismo.  Que tolos somos! Sem perceber, a vida nos oferece tudo isso gratuitamente.

      Mas cegos, alheios a tanta preciosidade, continuamos em busca de algo que nem mesmo sabemos e não percebemos que o verdadeiro sentido da vida estar nas " pequenas coisas"... no sorriso de uma criança, nos cabelos brancos de um idoso, na natureza, na criação.

      E nessa eterna busca, deixamos de escutar a voz do Nosso Deus que nos fala a toda hora, mas, alheios a tudo isso, não percebemos e nos perdemos no meio de um caminho tão conturbado.

      Portanto, quando o homem tiver a sensibilidade de perceber tudo isso, construirá um mundo melhor, mais digno, menos violento, mais justo, porque não haverá em seu coração, lugar para ganância e o egoísmo. Só o amor incondicional e verdadeiro prevalecerá.